Testes de alta qualidade de anticorpos SARS-CoV-2

Testes comerciais para uma segunda onda de testagem de Covid-19 podem exigir maior sensibilidade e especificidade do que o que está disponível atualmente. Descubra o porquê.

Apesar das notícias positivas nos últimos dias sobre a disponibilidade de testes sorológicos, especialistas em testes alertam que esses testes vêm com grandes desafios logísticos e científicos tão grandes em relação a implantação em massa de testes de sangue, exigindo muitos milhões de testes precisos, um sistema para colher amostras confiáveis, e uma série de decisões que podem ser tomadas com base em conhecimento incompleto2.

Segundo Peter Collignon, médico e microbiologista de laboratório da Universidade Nacional Australiana de Camberra, um teste de alta qualidade deve atingir 99% ou mais de sensibilidade e especificidade3.

O que é sensibilidade e especificidade?

A sensibilidade e a especificidade refletem a precisão de um teste em relação a um padrão de referência. A sensibilidade do teste é a capacidade de um teste identificar corretamente aqueles com a doença (taxa positiva verdadeira), enquanto a especificidade do teste é a capacidade do teste de identificar corretamente aqueles sem a doença (taxa negativa verdadeira).

Isso significa que a sensibilidade do teste de Covid-19 é a capacidade de detectar anticorpos SARS-CoV-2 em pacientes que possuem anticorpos; A especificidade do teste de Covid-19 é a capacidade do teste para identificar corretamente aqueles que não possuem anticorpos.

Por que a sensibilidade e especificidade importa para Covid-19?

Imagine uma cidade americana média. Com base em dados do censo, a população dessa cidade é de aproximadamente 150.000 pessoas. Imagine que a Covid-19 infectou, de forma sintomática e assintomática, 15% dessa população.

Isso significa que 22.500 pessoas na cidade foram infectadas, de forma sintomática ou assintomática (150.000 x 15%). Com um teste com sensibilidade de 90%, 20.250 das 22.500 pessoas seriam informadas corretamente de que possuem anticorpos contra o vírus (22.500 x 90%). Porém, 2.250 pessoas que possuem os anticorpos seriam informadas (incorretamente) de que não têm e que não podem voltar ao trabalho.

Por outro lado, 127.500 pessoas não foram expostas ao vírus e não devem retornar ao trabalho. No entanto, com uma especificidade de 90%, 12.750 deles serão informados de que possuem anticorpos para Covid-19, mas não o possuem (127.500 x 10%, que é a taxa de falsos positivos). Será dito a essas pessoas que elas podem voltar ao trabalho e se tornar um perigo para si e para os outros.
Falsos positivos podem levar alguém a acreditar que são imunes quando não são e, portanto, há riscos significativos na interpretação dos resultados desses testes sorológicos.1
TIMOTHY STENZEL
DIRETOR, ESCRITÓRIO DE DIAGNÓSTICOS IN VITRO E SAÚDE RADIOLÓGICA
ADMINISTRAÇÃO DE ALIMENTOS E DROGAS DOS EUA

Os perigos dos falsos positivos

Os falsos positivos podem levar a suposições de que os pacientes desenvolveram alguma imunidade, quando na verdade não têm, deixando a eles e a outros vulneráveis agora e no caso de uma segunda onda da pandemia de Covid-19. A necessidade de um teste de alta qualidade, um com 99% de sensibilidade e especificidade, reduz o risco de falsos positivos, pois esses testes aparecerão apenas cerca de um falso positivo e um falso negativo para cada 100 resultados positivos e negativos verdadeiros.

Como cita Peter Collignon, “podemos acabar fazendo mais mal do que bem” com um resultado de baixa qualidade.

Portanto, fiquem atentos!

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